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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Tucumán se fez gigante nas alturas

Clube Atlético Tucumán, o até ontem modesto clube do norte da Argentina, com história sem muitas conquistas em 114 anos de existência, se fez gigante pela Conmebol Libertadores Bridgestone.

Tucumán foi Argentina na Libertadores.
Reprodução/Site Oficial da Conmebol. Crédito AFP.
O clube que participa pela primeira vez da competição continental, garantiu a vaga no ano em que retornou à elite do futebol Argentino. Logo de cara enfrentariam os equatorianos, já mais tradicionais do El Nacional, pela 2ª fase eliminatória da competição.

No primeiro jogo em Tucumán, estádio lotado, time empolgado, clima de Libertadores e empate em 2-2. O segundo jogo estava marcado para esta terça (7), contra todas as adversidades que rendem um filme espetacular, o Tucumán conseguiu sua classificação à 3ª fase do torneio.

Para se classificar os argentinos tiveram que vencer fora de casa, assim fizeram, 1-0 para o Tucumán. Mas por muito pouco a partida não foi cancelada e o Tucumán eliminado da competição. O Decano como é conhecido o time, enfrentou vários problemas em seu voo desde Guayaquil, onde se preparava visando evitar os efeitos da altitude de Quito, deixando para chegar próximo ao horário da partida na capital equatoriana.

Após muito custo, conseguiram um avião que os levaria à Quito. Chegaram na cidade cerca de quinze minutos após o horário marcado para o início do confronto. Para complicar ainda mais a vida do clube, os uniformes foram deixados para trás e para a sorte e causalidade dos argentinos, a seleção sub-20 da Argentina está em Quito para a disputa do Sul-americano Sub-20, como a equipe tem as mesmas cores do selecionado, o Tucumán foi a Argentina por um dia e com gol de Zampedri selou sua passagem à próxima fase.

No próximo dia 16 de fevereiro, Tucumán enfrentará o Junior Barranquilla, buscando classificação inédita à fase de grupos. Independente do que aconteça, o Tucumán já entrou para a história da competição e se agigantou em terras sul-americanas.

Por: @carlosjr92educa

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

O Super Bowl e a Coroação

No último domingo (5), os fãs de Futebol Americano e até aqueles que estavam só de passagem ficaram boquiabertos com o que presenciaram no Super Bowl LI: um dos maiores espetáculos do esporte.

O azarão Atlanta Falcons dominou a partida até o final do terceiro período, a vantagem de 28 a 3 – quatro posses de bola –, conquistada com muita disciplina, parecia inalcançável, a equipe estava na iminência de garantir o primeiro título para a franquia, o segundo da cidade nas grandes ligas americanas. No quarto período a equipe do New England Patriots conseguiu encostar, diminuindo para 28 a 20, um feito já grandioso, mas o passe de Matt Ryan para Julio Jones, quando o relógio marcava menos de 5 minutos para o fim do jogo e o placar ainda era favorável aos Falcons quase encerrou as esperanças dos torcedores e jogadores de Massachusetts. A linda recepção, que poderia ser a mais lembrada da noite, levou a equipe de Atlanta a uma boa posição de campo, bastava converter um field goal e a derrota seria praticamente impossível.  Não foi o que aconteceu, uma sucessão de falhas do ataque fez a campanha da vitória terminar no zero.

Aos Patriots ainda faltava um último tiro. Era necessário um touchdown e uma conversão de dois pontos para empatar a partida – o extra point perdido pelo kicker Stephen Gostkowski seria o eterno culpado se New England perdesse por dois pontos apenas – tarefa não muito fácil, mas para quem já estava vencido há poucos minutos não seria problema. Se a recepção de Julio Jones poderia ter sido o catch da partida, a de Julian Edelman tomou esse posto, um lance que o esporte não permitirá que seja esquecido, a grande jogada do Super Bowl LI, o maior momento do jogo da década. A corrida para touchdown de James White e a conversão de dois pontos de Tom Brady para Danny Amendola apenas concluíra o que ninguém esperava, o embate estava empatado, os Patriots deram vida ao primeiro Super Bowl na história decidido na prorrogação.

Recepção milagrosa de Julian Edelman


No tempo extra, Atlanta não conseguiu segurar New England, mais uma corrida de James White garantiria o quinto Super Bowl da franquia mais vitoriosa do século XXI, a dinastia Patriots coroava o seu rei, Tom Brady se tornava o segundo atleta e o primeiro quarterback a conquistar cinco anéis, se as dúvidas quanto à sua capacidade ainda persistiam, Brady pulverizou todas. A maior virada da história do Grande Jogo não poderia ter outro responsável.

Há alguns anos a pergunta era se Tom Brady era superestimado, agora a questão é se alguém, um dia, poderá alcança-lo!



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Após jogo complicado, Uberlândia segue 100%

Em jogo enroscado e com várias oportunidades de gol desperdiçadas, Uberlândia Esporte derrota o Democrata no Parque do Sábia e segue 100% no módulo I.

Com a vitória, o Furacão Verde soma dois triunfos e assume a vice-liderança empatado em pontos com o líder Atlético e o terceiro colocado Cruzeiro, únicos ainda 100% na competição.

O Uberlândia venceu o Democrata pelo placar de 2-0 e assim segue invicto no Campeonato Mineiro do Módulo I. O confronto deste domingo (05), valeu pela segunda rodada da competição, foi disputado no gigante do Parque do Sábia, em Uberlândia. No segundo tempo, após desperdiçar várias chances, Mauro Viana inaugurou o marcador escorando de cabeça depois da cobrança de bola parada para os donos da casa. No fim Reinaldo Alagoano ampliou cobrando pênalti, definindo o resultado.

Com seis pontos em dois jogos, o Uberlândia é vice-líder com a mesma pontuação do líder Atlético que leba a melhor nos critérios de desempate. Além de Atlético e Uberlândia, o Cruzeiro também faturou todos os pontos disputados. Do outro lado a situação é inversa, O Democrata perdeu os dois compromissos da temporada e está na lanterna da competição.

Comemoração após o 1º Gol do Uberlândia.
Reprodução/Facebook Ofiacial do Uberlândia Esporte Clube.
O Uberlândia Esporte Clube volta a entrar em campo no domingo, valendo pela terceira rodada do Campeonato Mineiro. O duelo valerá a liderança, O Atlético recebe o Uberlândia na Arena Independência, às 17h, em Belo Horizonte.

Por: @carlosjr92educa

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

A impossibilidade é questão de opinião

Fumagalli grande destaque do jogo.
Reprodução/Twitter oficial do Guarani.
O que torna algo impossível? Qual é o parâmetro, o indicador da impossibilidade de algo ser realizado? O que define uma façanha inatingível? Talvez um placar adverso de 4-0 em um confronto mata-mata no futebol. Talvez este fosse o parâmetro para alguns, não para o "bugre campineiro", não para o valente Guarani de Campinas!

A história de superação ou de crença no próprio potencial, se inicia no dia 16 de Outubro de 2016, no estádio Frasqueirão em Natal, mais precisamente 22:50 daquele fatídico domingo, o Guarani campeão brasileiro de 1978 e que já havia garantido seu retorno à série B 2017, era derrotado pelo placar de 4-0 diante do ABC na primeira partida de semi-final da série C.

Para a imensa maioria já eram favas contadas, o ABC viajaria a Campinas para garantir sua vaga na grande final do torneio e que o Guarani pouco pudesse fazer para evitar o final pré anunciado, a semana dos jogadores e comissão técnica foi conturbada e difícil, os próprios torcedores no íntimo entendiam a dureza da situação.

Domingo, 23 de Outubro de 2016 no Brinco de Ouro em Campinas, chegara a partida de confirmação da história escrita em Natal, Fumagalli recebeu placa e jogou com a camisa 250, número de partidas que o capitão bugrino completara na semana anterior. A diretoria fez promoção para mulheres que fossem com a camisa do Guarani, também recebiam ingressos os colaboradores da pintura do estádio, porém o Brinco não abrigou o público que está acostumado em dia de grandes decisões, aliás este era um embate "impossível" de ser ganho.

Brinco de Ouro.
Reprodução/Twitter oficial do Guarani.
Com bola rolando, todos pareciam desacreditarem na virada, exceto jogadores e comissão técnica. Logo nos primeiros minutos Fumagalli cobra falta na cabeça de Leandro Amaro, 1-0. Outra falta surgiu de muito longe, mas para Fumagalli ela foi apenas mais uma adversidade, 2-0. Jones Carioca artilheiro do ABC e da competição se envolveu em confusão e saiu expulso, será que a sorte do Guarani mudara?

Segundo tempo em marcha e não demorou muito para "Fumagol" disparar de canhota da entrada da área, 3-0. Pressão total por parte do bugre. Incredulidade no lado alvinegro. Lance de ultrapassagem na ponta direita, cruzamento e em jogada tumultuada Fumagalli empurra para as redes, 4-0. A essa altura o Guarani levava a decisão a pênaltis, mas não se deu por satisfeito, Alex Santana que entrou na segunda etapa emendou de perna direita de fora da área, 5-0 histórico! Pipico ainda completou a remontada sem precedentes, 6-0. O Guarani assim reescrevia a definição de "Impossível" e neste sábado (29) entra em mais uma saga, a busca pelo título contra os mineiros do Boa Esporte.

Escrito por: @carlosjr92educa

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Copa América Centenário

A análise da Final que pela segunda vez foi entre Argentina e Chile (Apesar da edição de 2016 ser considerado pela Conmebol como extra oficial), mais uma vez um jogo amarrado e decidido em pênaltis. O resultado final foi o mesmo de 2015, "la roja" campeã e nossos hermanos amargando outro vice, o último título argentino foi a Copa América de 1993, já se vão longos 23 anos, e tal marca atingirá 25 anos na Copa do Mundo da Rússia em 2018.

A derrota deste dia 26 parece ter abalado nossos vizinhos, tanto que o craque Lionel Messi disse que irá se retirar da seleção. Veja o que ele disse: " É incrível, mas não dá. Não passamos outra vez nos pênaltis. É a terceira final seguida. Nós buscamos, tentamos. É difícil, o momento é duro para qualquer análise. No vestiário pensei que acabou para mim a seleção, não é para mim. É o que sinto agora, é uma tristeza grande que volto a sentir. Foram quatro finais, infelizmente não consegui. Era o que mais desejava. É para o bem de todos. Por mim e por todos. Muitos desejam isso. Não se conformam com chegar a final, nós também não nos conformamos. Perdemos outra vez nos pênaltis." Talvez a pressão no país e que os próprios jogadores impõe a si, esteja afetando o selecionado portenho no momento da decisão, deixando intranquilos jogadores acostumados à pressão, mas que carregam um peso de uma nação, um peso que eles sentem desde crianças, quando ainda torcedores. A seleção que "passeou" em terras do "Tio Sam" com 18 gols marcados e 2 sofridos até a final, e que na final não desenvolveram o mesmo jogo.

Foto: AP
A questão é que talvez decisões como a de Messi sejam no calor da alma, na ânsia por querer a qualquer custo um título, a seleção Argentina é excelente e vem se calejando com o passar dos anos, mais uma ferida pode ser o que falta para construir novamente uma Argentina campeã.   

Mais uma vez Chile! A ótima geração Chilena de jogadores que são referências em grandes times europeus como Alexis e Vidal, perdeu o medo das potências, souberam se impor e marcaram seu território na América do Sul. Uma seleção que venceu e eliminou a Espanha campeã mundial, que agora mede forças com os gigantes tradicionais da América do Sul, Brasil, Argentina e Uruguai não são mais vistos como os bichos papão de outrora. Ontem novamente foram campeões da Copa América, mais uma vez sobre a Argentina, mais uma vez nos pênaltis, outro grande feito para a história deste pequeno país, apaixonado por futebol e que aprendeu que ganhar é bom.

Com a conquista o Chile se junta ao trio de ferro (Argentina-Brasil-Uruguai) como campeões em sequência, também já se igualando em números de títulos à Paraguai e Peru.
  
Reprodução/Facebook oficial da Copa América

terça-feira, 21 de junho de 2016

Um Momento de Basquete



Paremos um instante, nos permitamos um momento de basquete!

Para o mais desavisado que descobriu o jogo 7 da final da NBA naquela zapeada pela tv, para aquele que acompanha vez ou outra e aquele que não conhecia o basquete, Cleveland Cavaliers e Golden State Warriors estabeleceram o maior ato de "publicidade" possível para a modalidade. Que jogo espetacular!

Para os mais simplistas, o basquete é apenas mais um esporte de precisão.  Insensata percepção, o basquete é uma comédia da vida, com drama, obstáculos, expectativas, alegrias, decepções, tristezas e reviravoltas, obrigado basquete por ser tão sensacional, obrigado ao esporte por ser inspirador e apaixonante. 

O jogo 7 da final apenas coroou uma temporada magnífica onde, os Warriors bateram o recorde de vitórias na temporada regular 73-9, que assistiu aos Spurs se manterem invictos em casa até o último jogo contra os Warriors, que presenciou o fim de uma era e uma despedida épica de Kobe com 60 pontos, sublime! Vimos a consolidação de outra estrela, Curry que se tornou MVP unânime. Foi também temporada das viradas em playoffs, os Warriors viraram a final do Oeste contra o Thunder após um 3-1, o que não havia ocorrida mais de uma dezena de vezes na história da liga!

Porém o melhor estava guardado para o final, uma ode ao esporte da bola laranja. Após uma série final pouco equilibrada em 6 jogos dispares, um derradeiro espetáculo nos foi proporcionado, um jogo épico, a história sendo escrita em tempo real e a maior virada da história das finais, após estarem vencendo por 3-1 os "Splash Brothers" e cia. viram os Cavs vencerem seu primeiro título e um rei ocupar novamente seu trono, King James o MVP das finais, 6 finais seguidas e agora 3 títulos, trouxe um título para o time do coração, do seu estado, encerrando o jejum de 52 anos sem título nas grandes ligas para a cidade, com a ajuda de seus súditos de luxo, como Kyrie Irving autor da bola de 3 pontos que praticamente selou o destino da temporada a 53 segundos do fim. LeBron teve a melhor atuação de todas as finais, liderando todos os fundamentos em números na série. 

Apenas um momento de basquete, que será eternizado na memória de quem acompanhou a elite do esporte.

Gary A. Vasquez/USA Today Sports

segunda-feira, 13 de junho de 2016

"Mão" na conciência

Getty Images
Mais um vexame para o futebol brasileiro? Não!

Ganhamos mais uma vez, com perdão ao trocadilho infame, uma "mão" para rompermos com as velhas estruturamos e ingressarmos na modernidade aí imposta do futebol e evoluirmos, não podemos lutar contra, ou jogamos o jogo moderno ou ficaremos nas glórias do passado; Claro que devemos nos orgulhar de nossas conquistas ainda por ninguém alcançadas, o fato é que tais glórias não nos dão passaporte para as conquistas futuras, apenas por possuirmos uma "camisa que enverga o varal".

Ultimamente estamos colecionando recordes medíocres e indigestos para o "país do futebol" *(aqui faço um comentário pessoal, talvez a prepotência com que agimos, pois somos afinal de contas pentacampeões, nos impede de enxergar a realidade do esporte).

A culpa do que ocorreu ontem não é 100% do Dunga ou de sua comissão, o mal maior é o desprezo total organizacional por anos, o palanque político que a confederação se tornou, a caixa registradora que os "amistosos" se tornaram, fatores que contribuem para um distanciamento da população e talvez jogadores com a "canarinho". 

O problema é estrutural, trocar nomes e não a mentalidade, reestruturar o esporte no país em todos os seus âmbitos e não apenas medidas paliativas no alto da pirâmide, as bases do futebol ficam relegadas a um plano inferiorizado, quando deveriam ser o ponto máximo da reforma em resposta ao 7 x 1 que está prestes a completar dois anos e que teve nova página escrita na Copa América do Centanário, onde o Brasil fez um 7 x 1 no Haiti e teve o respeito de volta ilusoriamente até sermos atingidos com o fato de que não fomos capazes de marcar gol em Equador e Peru. Hoje nos equiparamos ao grupo de baixo da América do Sul e fomos os culpados por isso.